domingo, setembro 17, 2006

Nos trilhos do conhecimento- parte 1.2



Virando a encosta da praia a garota avistou um grande porto e uma tremenda confusão. Pessoas vestidas como mercadores do século XV entravam e saiam de barcos carregando mercadorias. Homens pagavam moedas para um cara que corria para lá e para cá com um grande livro na mão e uma pena que usava para anotar os nomes dos barcos. Uma imensidão deles ocupava toda a costa.
Saindo da praia, antes de entrar na área da cidade, haviam diversos feirantes que vendiam de todo e qualquer tipo de mercadoria. Lá era uma aglomeração de gente pobre vendendo barato para conseguir sobreviver. Algumas das mercadorias que saiam do porto não iam direto para a feira mas, carregadas por carroças, seguiam seu rumo cidade à dentro.
A garota vestia uma calsa jeans, uma regata preta, um all star e uma jaqueta da adidas verde com duas listas brancas que desciam as mangas. Claramente ela percebia que não estava devidamente vestida para se misturar a esse mundo estranho. A garota se esgueirou por entre as bancas dos mercadores procurando algo que pudesse servir. Foi então que ela viu o homem que havia vindo de trem com ela com roupas totalmente diferentes. Usava uma camisa branca, uma calsa preta com um pano que era preso em volta da cintura, sapatos diferentes, um longo casaco um tanto quanto ornamentado e uma bandana.Mesmo com todo esse traje da época ele ainda usava os óculos escuros. Ela foi até ele.
-Ei senhor... _e engasgou reparando que nem sabia seu nome.
-Não me chame de senhor, eu não devo ter mais que 3 anos a mais que você! O nome é Max... O que você quer?
-Onde conseguiu essas roupas?
-Hum... Você não deveria ter vindo se não sabe se virar... Venha...
Os dois saíram caminhando pelo mercado procurando roupas que poderiam servir a garota. Ela chamava bastante atenção por suas vestimentas e estava realmente se sentindo inconfortável com tantos olhares para cima dela.
-Acho que isso serve_ Max retirou do cinto um saquinho de moedas e pagou o mercador com uma delas pegando a peça de roupa e a atirando sobre a cabeça da garota que abriu um sorriso amarelo um tanto quanto envergonhada.
-Muito obrigada!
Nesse mesmo momento um apito, como aqueles de naviu, tocou. O apito parecia ser algo desagradável pois todos começaram a correr para todos os lados recolhendo as mescadorias e se enfiando dentro dos barcos ou das cidades. Em menos de cinco minutos o lugar estava vaziu, os únicos ainda parados no porto eram a garota e Max.
-O que foi isso? O que está acontecendo?
Max apenas apontou para o horizonte. Um barco vinha deslizando pela água. Um barco com uma bandeira negra no topo e velas vermelhas como sangue.
-São piratas?
-São sim garota_ Max foi chegando perto do porto como se fosse dar o comitê de boas vindas aos piratas, a garota o seguiu.
-O que você está fazendo? Não é perigoso?
-Hahaha... Não, eu conheço eles. Mas eles não te conhecem, talvez para você seja um tanto quanto perigoso! _ele riu um riso sarcástico.
-Sei sei.... Se fosse realmente perigoso você ja tinha me mandado fujir antes _ela fechou os olhos _não tenho medo dos piratas do mundo alémtrem! Humpt!
-Ahahaha ok então_ Max cruzou os braços esperando o que foi um processo de mais ou menos uns 10 minutos.
Logo o porto estava enfestado de piratas, todos rindo e comemorando sem ligar muito para a presença dos dois no porto. A maioria entrou na cidade com um objetivo fixo de encontrar mais rum para comemorar os belos saques. A garota havia congelado de medo, a maioria deles era um tanto quanto assustador. Alguns sem dentes, outros sem um olho ou com um olho de vidro. Uns dois ou três com pernas de pau mas todos eram sujos e nojentos.
De cima do naviu pulou um homem imponente. Tinha um tapa-olho, uma grande barba negra e usava belas roupas. Passava dando ordens a todos que faziam reverências a ele e agradeciam pelo belo saque. O homem era com certeza o capitão. Algum tempo se passou até que a maioria dos piratas foi embora. O capitão viu os dois estranhos parados no porto e caminhou até eles.
-Max seu desgraçado! Você está de volta!
A garota olhou com os olhos arregalados. Aquilo parecia mais uma ameaça que um comprimento.
-Claro que sim seu filho da mãe!
Os dois se abraçaram como amigos de longa data acalmando o coração da garota.
-Veio para que? Vai saquear conosco? Encontramos um lugar perfeito e.... Quem é a garota?_o capitão fitou a menina de cabelos louros e olhos castanhos por alguns segundos.
-Ela é a....... Sabe que eu não sei?
-Eu sou Renata, mas pode me chamar de Rê! Prazer em conhece-lo senhor!_A garota fez uma pequena reverência.
-Hahaha gostei dela Max! Compro por 12 galeões!
-Ahh... Não ela não está para vender.... Ela é.... Minha.... irmã?....Adotiva!
-Que pena, se não eu comprava!
Renata se assustou por alguns segundos mas ficou realmente calma depois da desculpa de Max. Graças a Deus ela não estava alí sozinha.
-Bem se vocês vão vir conosco podem ir entrando no barco. Vamos partir daqui a pouco! As mesmas condições de sempre senhor Max?
-Sim capitão Wood!
Max puxou Renata para cima do barco rindo um pouco da situação.
-Você gelou quando ele perguntou seu preço neh? Huahahahaaha
-Não teve graça!
-Teve sim... Vamos, você vai conhecer um mar diferente! Alegre-se!
Max parecia feliz por estar lá. Ele ajudou os homens a carregarem o barco e a puxarem as velas, desamarrou o barco do porto e subiu agilmente para uma das velas observando a paisagem. Renata tentou fazer o mesmo mas para concluir o mesmo percurso demorou no mínimo uns 10 minutos.
Lá de cima a vista era linda. A parte do mar em que estavam passando era tão transparente que mesmo tendo uns 20 metros de profundidade era possível observar a areia. Dentro da água haviam muitos peixes, com o barco em movimento alguns peixes prateados pulavam acompanhando a rota. Os peixes prateados pulavam alto demais, parecia que eles tinham grandes asas com penas feitas de escamas que brilhavam com o sol, refletindo diversas cores na superfície da água e do barco. Era incrível de se ver.
-Isso não é muito comum, você teve sorte garota!
O barco viajou o que para a menina pareceram algumas horas. Max havia descido do mastro para conversar com os outros marujos e parecia se divertir. Renata ficou apenas sentada lá sentindo o vento batendo em seu rosto e observando aquela imensidão de mar em que estava entrando. O mar agora havia mudado de coloração, era azul escuro quase preto, nada transparente.
Logo adiante a menina viu uma pequena ilha. Uma ilha tão pequena quanto aquelas de desenhos animados onde o naufrago fica preso. O naviu foi diminuindo a velocidade. Eles não iam saquear? O que diabos estariam fazendo ali? Renata confusa desceu do mastro e foi até onde o capitão estava dando ordens à Max.
-O que você tem que fazer então é mergulhar até a caverna subterrânea da ilha e pegar o tesouro de lá de dentro!
-Humm certo... Você sabe o tamanho do dito cujo?
-Claramente não. Se eu ja o tivesse visto ele já seria meu jovem! Hahahaha!
-Humm isso pode ser um problema! Bem... Eu me viro. Preciso de um barco pequeno, cordas e muitas bolas de canhão!
-Certo você terá o que pede!
Os marujos se mobilizaram trazendo o que Max pedira. Max começou a amarrar a corda nas bolas de canhão e no barco.
-O que você vai fazer?_perguntou Renata.
-Um tanque de oxigênio!
-Ah... Acho que eu entendi a idéia.. É muito fundo?
-O suficiente para que eu não consiga ir e voltar nadando num fôlego só.
-Bem.... Talvez eu possa ajudar! Eu.... Treino natação sabe?
Max olhou a garota como se não acreditasse muito na capacidade dela.
-Se o tesouro for pesado não conseguirei trazê-lo rápido o suficente. Seria bom uma ajuda mas... Se você ficar sem ar você volta imediatamente combinado?
-Combinado!_ Renata ficou feliz por ele ter deixado que ela ajudasse mas também um pouco irritada pela falta de confiança dele e pelo modo de como ele a tratava feito criança.
Logo a engenhoca estava pronta. Foi um pouco difícil explicar aos marujos que tinham que colocar o barco de ponta cabeça e reto porque se não entraria água e atrapalharia o plano. Os dois entraram na água e começaram esperaram os marujos baixarem o barco que, com o peso das bolas de canhão foi baixando formando uma cúpula de ar onde os dois poderiam respirar por um tempo.
Os dois iam respirando a água do barco descendo devagar e procurando a caverna da ilha. Após descer um bocado, e com o ar quase se esgotando ficando difícil respirar, eles encontraram a tal caverna.
-Respira fundo e vai. eu vou cortar as amarras para o barco subir e ja te alcanço.
A garota obedeceu. Estava entrando na caverna totalmente escura quando Max a alcançou carregando uma varetinha verde fluorecente que iluminava o caminho. Subiram um pouco encontrando um enorme baú. Cada um deles pegou o baú por uma alça e sairam nadando o mais rápido que podiam para voltarem e assim tomar ar.
Chegaram totalmente ofegantes na superfície. Max engasgou com a água e saiu tossindo. Os dois foram ajudados e subiram novamente à bordo. o capitão pegou o pé de cabra e abriu com uma porrada só o baú. Estava recheado de ouro e jóias! Renata esqueceu totalmente do friu que suas roupas enxarcadas proporcionavam e ficou olhando aquele baú cinematográfico. Só podia ser sonho!
O capitão fechou novamente o baú e mandou levarem para a sala dele para contar e dividir. Max arrumou umas roupas secas para Renata que se trocou na dispensa e agora sentava na parte da frente do barco descansando no sol. Já entardecia quando eles chegaram novamente no porto. Havia sido uma aventura e tanto.
-Fez um bom trabalho novata Rê_ disse o capitão lhe jogando um saquinho de moedas_ Você é bem vinda a voltar quando quiser. O mesmo para você Max! Vai comemorar conosco até tarde ou já está na hora de você partir para onde quer que você vai?
-Ahahaha não fique sentido capitão. Sabes bem que tenho obrigações a cumprir e só posso fazer esses trabalho de um dia. Mas vou mostrar um pouco mais da cidade a minha irmã antes de partir. Muito obrigada por tudo. Eu te procuro quando voltar!
-Até mais senhor capitão!
Os dois sairam andando entrando em uma das ruas da cidade. Renata sorriu feliz. Nunca tinha se divertido tanto assim! Do nada se virou e abraçou Max que pareceu um pouco confuso com a ação da garota.
-Muito obrigada por ter me ajudado! Eu adorei o passeio!
-Err... De nada_ Ele a olhou levantando uma das sobrancelhas_ Venha vamos... Provavelmente está acontecendo algum festival em alguma parte dessa cidade.
-Ebaaaaa festival!!!!
Os dois caminharam por algum tempo por ruas e vielas até começarem a ouvir uma música. Seguiram a música até chegar numa grande festa animada. Barracas de comes e bebes por todo lado. Muitas pessoas tocando, dançando, conversando e se divertindo a maneira antiga.
-Bom, divirta-se! Lembre-se! Meia noite no trem!
Max saiu pelo festival. Renata se divertiu muito aprendendo canções de grandes aventureiros do mar e de piratas , dançando danças diferentes e comendo comidas que ela nunca havia provado antes. Nada podia ser mais divertido que aquele momento.
Foi então que Renata ouviu a primeira badalada.
-Ah não!
A garota saiu correndo como um foguete, abandonando todos com quem conversava, indo em direção ao trem. Ela chegou com o trem apitando e já quase fechando a porta. A garota pulou para dentro e se jogou em um banco um tanto quanto assustada.
-Pensei que não fosse conseguir! Hahaha que bom que conceguiu!_ era Max sentado em um dos bancos um pouco mais atráz, e ainda em outro acento estava o velhinho que ainda dormia apoiado em sua maleta.
-Eu também pensei! Humm, o velhinho ficou aqui o tempo todo?
-O tempo todo não. Na verdade não passamos tempo algum! Como ele entrou dormindo não importa o que agente faça ele não vai acordar! Agora agente ta voltando pra última estação do trem, e eu vou para o trabalho!
-Caramba! Isso é genial! Quer dizer que posso voltar quando eu quiser???
-Isso mesmo!_ Max ageitou a gravata_ Mas aconselho que tome mais cuidado da próxima vez que for para algum lugar! Estamos chegando! Se arrume!
Renata arrumou os cabelos e colocou seu casaco por cima da roupa estranha. Teria que se trocar na estação. O trem parou e diversas pessoas entraram. Era como se ele nunca tivesse saído de lá, no relógio de Renata era exatamente um segundo antes do trem sair da última estação.
-Genial. Max, obrigada por tudo, foi bom te conhecer!
Renata acordou o velhindo e sai correndo para se trocar no banheiro da estação guardando sua roupa de pirata na mala. Correu para a faculdade mas mesmo assim chegou um pouco atrasada. Dormiu durante todas as aulas de tão cansada que estava. Nada disso importava.
Ela havia descoberto um novo hobbie.

Nos trilhos do conhecimento- parte 1.1



Sentou no trem despreocupada. Havia dito a sua mãe que iria apenas a faculdade como sempre mas sabia que na verdade iria fazer uma viajem espetácular. Arrumou sua mochila e foi esperando as estações passarem, os trabalhadores descerem... Observava o rio passando do lado dos trilho, o mesmo rio que um dia tinha água potável e que agora ela não entendia como as capivaras que nadavam por ele não morriam com a quantidade de produtos tóxicos.
Retirou tudo aquilo da sua cabeça. Hoje seria um dia especial. Ela perderia a aula mas valeria a pena.
Finalmente iria descobrir o que havia depois da última estação do trem. Saberia qual era o destino daquelas pessoas que não desembarcavam assim que o trem parava na estação Jurubatuba.
Ansiosa, procurava de olhares de cumplicidade. Olhares de pessoas que também conheciam aquele segredo e que também iam rumo a um mundo desconhecido que ficava além da estação. Talvez o jovem que olhava ansioso para o nome de cada estação que passava, talvez o velhinho que dormia abraçado a uma maleta. Não dava pra saber.
As estações passavam devagar, a garota tremelicava os dedos na borda da janela... Jurubatuba e.... Era agora. A maioria dos restantes passageiros saiu restando apenas um homem e um velhinho bem esquisito. Ela olhou os dois. O velhinho dormia mas o homem não. O homem correspondeu seu olhar com um olhar sério mas um olhar de cumplicidade.
O trem voltou a se movimentar, andou para frente por uns 15 segundos e logo em seguida algo muito estranho aconteceu. Mais a frente havia uma espécie de barreira olográfica ou uma massa estranha e de coloração meio azulada. No momento em que o trem atravessou essa mesma barreira a valocidade aumentou incrivelmente! As paisagens do lado de fora eram apenas borrões, o estômago da menina embrulhou um pouco, aquilo era um tanto quanto nauseante. Ela olhou o homem, ele parecia bem e até um pouco acostumado com aquilo, o velhinho ainda dormia.
Na mesma velocidade que o trem acelerou ele parou. Parou tão bruscamente que a garota foi arremessada para frente se chocando com o banco vaziu. Ela se recompos e sentou novamente no seu lugar. Olhou pela janela e viu um mundo um tanto quanto diferente do qual ela estava acostumada.
-Caraca!
Ela parecia estar olhando para uma cidade futurista daquelas de filmes de ficção científica. Carros voando, pessoas passando com roupas brilhantes, prédios finos de alturas imensas. A garota levantou na intenção de sair mas a porta do vagão permanecia fechada. Ela olhou o homem: Um sujeito de cabelos bem pretos e óculos escuros usando um terno executivo com uma gravata vermelha. Ele nem havia se levantado de seu lugar, apenas olhava a paisagem com a cabeça apoiada na mão esquerda e com um certo tédio. O velho só dormia.
-Moço, o trem não vai abrir a porta?
*ele parou de olhar pela janela e olhou a garota fitando-a por alguns instantes*
-Não nessa estação.
Antes dele continuar o trem acelerou novamente fazendo a garota perder o equilíbrio e ser arremessada, caindo e rolando pelo vagão até parar no fundo do vagão meio quebrada. Com um pouco de força se levantou apoiando na cadeira e voltando a se sentar em alguma das cadeiras. Novamente o trem brecou. Dessa vez ela estava preparada e se segurou. A paisagem havia mudado completamente, uma cidade de gelo no meio de uma imensidão branca. Tudo muito bonito mas muito monocromático. A única cor que não era um tom de branco era a do céu que era um de um azul muito forte.
-Ei garota! Nem levanta que essa não é a nossa estação!
-Como assim a nossa estação?
-Cada vagão leva para uma estação diferente. É a primeira vez que você vem aqui não é? Bem, só vou te avisando das regras: Você só desce na estação que a porta abrir, você não deve falar para os outros sobre esse lugar, você não pode contar as pessoas dos outros mundos sobre outros mundos e, muito menos sobre esse trem.
-Ahmm... Ok ... Eu acho...
A garota nem tinha intenção de fazer aquilo. O único motivo pelo qual ela estava lá era a grande curiosidade de saber o que tinha além de tudo aquilo.
- Certo, hoje estamos indo para a terra 4... Você... perdeu o ponto ou dormiu?
-Não não!_disse a garota orgulhosa_ Eu sempre suspeitei que havia algo depois da última estação do trem!
-Interessante...
-Quantas estações faltam para chegarmos no nosso destino?
-Não a próxima a outra.
-Obrigada!
O trem andou novamente. A próxima estação dava no topo de uma montanha com uma grande quantidade de árvores. Lá de cima era possivel observar uma grande vila (que até poderia ser confundida com uma pequena cidade) com casinhas feitas de madeira e um material que a menina não sabia exatamente qual era. As casinhas tinham uma arquitetura um tanto quanto japonesa e no meio de tudo havia um templo de uns quatro andares com um belo tori na frente.
Mais uma vez o trem andou, a menina ja estava quase se acostumando com aquelas acelerações e paradas bruscas. Quando o trem parou o homem se levantou, retirou o palitó e caminhou até a porta. A menina foi atráz apenas observando pelas janelas do trem a paisagem litorânea.
A porta se abriu e eles saíram. Era uma praia realmente linda, ela nunca havia visto uma praia tão bem cuidada ou tão natural. Abaixou-se e pegou um pouco de areia que era tão fina que foi escorrendo pelo meio de seus dedos e caindo novamente pela praia espalhada pela suave brisa fresca que batia em seu rosto.
-Só mais uma última regra garota_ disse o homem segurando o palitó com uma das mãos pendurado no ombro_ você, sob circunstância nenhuma deve perder o último trem de volta. O último trem sai a meia noite.
-Mas..... Porque?
-Confie em mim. Você não vai querer perder o trem.
O homem sorriu um sorriso um tanto estranho e encarou mais uma vez a garota escondido por seus óculos escuros e saindo devagar andando pela praia. O velhinho continuava a dormir no vagão. A garota ainda ficou lá por mais algum tempo antes de seguir a direção da praia apenas observando a paisagem.
-Eu descobri!_ e sorriu um largo sorriso.

sexta-feira, setembro 15, 2006

I'm a lone wolf... A beauty and a beast...Both hunter and hunted...

Eu não sei me relacionar.
"Where Friend Rhymes With End"
Não sei. Alguém me ensina?
Cansei de tentar mudar algumas coisas com tanta vontade e não conseguir mover nada.
"My friend you left me in the end
I can't believe I'm writing a song
Where friend rhymes with end"

Eu tenho saudades de quando tudo era tão gostoso e descompromissado! De quando as histórias eram apenas histórias e não análizes do ser humano. De poder confiar nos sorrisos sabendo que o maior mal que podiam fazer era deixarem de sorrir.
"But today
I must cave in
I have trouble forgetting those beautiful eyes
As it is
I must fill your space with lies"

É estranho. Não me sinto menos feliz, ou diferente. Me sinto um pouco menos livre. Liberdade... Incrível como ela muda de definição pra cada pessoa não?
"Friend
You left me in the end
I guess I knew it all along
I guess I expected this song
And it is as it appeared
Like a fist in my stomach and
Swallowing tears
Your song turned out a sad one
Just as I feared"

Parece que eu ja esperava essa podada de asas. Mas.... Elas crescem de novo. Só preciso levantar e me recuperar da queda.
Just as I feared...

personalidade?

Seu perfil: INFP

(Introverted iNtuition Feeling Perception)
Seu modo principal de viver é focado internamente, lidando com as coisas de acordo com a maneira com que você se sente quanto a elas, ou de acordo com a maneira com que elas se encaixam no seu sistema de valores pessoais. Seu modo secundário é exterior, através do qual você absorve fatos principalmente através da sua intuição.

Você, mais do que outras pessoas que são intuitivas e que dão mais ouvidos aos sentimentos do que à razão pura, é focado em fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas. Sua primeira meta é encontrar o seu significado na vida, perguntando coisas do tipo: “Pra quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso melhor servir a humanidade durante a minha vida?” Você é uma pessoa idealista e perfeccionista, e se esforça ao extremo para atingir os objetivos que identificou para si mesmo.

Você é muito intuitivo sobre as pessoas. Você conta totalmente na sua intuição para te guiar, e usa suas descobertas para buscar constantemente o valor da vida. Você está numa missão contínua para encontrar a verdade e o significado das coisas. Cada interação e cada pedaço de sabedoria adquirida é filtrada pelo seu sistema de valores, e avaliada para ver se existe algum potencial para lhe ajudar a definir ou refinar mais ainda seu próprio caminho na vida. A meta final é sempre a mesma – você se esforça para ajudar as pessoas e para fazer do mundo um lugar melhor.


Seu temperamento: Idealista

Sua oração: "Senhor, ajude-me a finalizar tudo o que eu começo"





quem quiser o teste: http://www.gnubis.com.br/cgi-local/teste.pl

quinta-feira, setembro 14, 2006

Eu quero sair!

Quero sair por aí.... Viajar.... Conhecer o mundo e anotar coisas interessantes e detalhes em um pequeno caderno pessoal. Nem que seja o caderno da minha memória onde estão anotados mais que palavras.... Sentimentos.
Eu cansei de conhecer tudo pela teoria. Não importa se eu n tiver dinheiro.... Eu limpo o jardim e acampo por aí mas eu estou decidida a viajar. Claramente não agora pq eu ainda estou na faculdade mas.... É com certeza o que eu farei nas férias.
Estou pensando em sair pelo litoral, começar por Juquei que eu ja conheço mas que eu também não vou a tanto tempo. Depois: sem destino definido.
Em vez de mandar e-mail mandar cartas para os meus pais. Passar por aventuras únicas e coisas que eu poderei contar pra todos. Vivenciar um pouco mais que o meu próprio mundo.
Alguém quer ir comigo?

Eu ando meio ocupada para postar por aqui mas ainda n abandonei esse blog viu?
Ando escrevendo nos meus cadernos e trabalhando em algumas histórias que até agora estavam só no mundo das idéias.

Até mais o/

Valsinha
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque / Vinícius de Morais

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços com há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

segunda-feira, setembro 11, 2006

Bottons

Eu e meus amigos criamos uns bottons pra vender.....
Aqui ta o link deles:

http://i2.photobucket.com/albums/y9/findela/bottons_cv.jpg

Se alguém quiser comprar algum me avisa!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Cara estranho e animacoes legais...

http://ml.hoogerbrugge.com/

desenhos inacreditáveis:
http://www.thepuzzlefactory.com/2006_chalk.cfm