sexta-feira, novembro 24, 2006

Ponte1

Ponte 1

- Mas por que os livros estão dependurados embaixo dessa ponte pênsil?
- Porque essa é a ponte do conhecimento, a representação da passagem!
- Mas isso não faz sentido!
- Nem tudo tem que fazer sentido.
- Lógico que tem!
- Está vendo o modo como eles estão separados em seções? Cada corda prende uma seção e cada seção representa uma parte importante e imprescindível para a vida!
Wolfgang foi até o começo da ponte e puxou uma das cordas de modo que pudesse ler os títulos dos livros.
- “Abóbora”, “Chuchu”, “Coisas que não se deve fazer com um tomate”... Espera aí! Isso não está fazendo o menor sentido! Esses livros nunca seriam considerados partes importantes para a vida! Estamos perdendo tempo Max!
- Podem não ser importantes na sua vida, mas certamente na consciência em que estamos elas são extremamente importantes!
- Estamos na consciência de alguém?
- Isso mesmo! Mais precisamente, na do homem desacordado na nossa frente!
- Mas o homem sumiu!
- Isso é porque entramos na consciência dele! Quantas vezes eu vou... Arghhh, venha comigo.
Max andou sobre as primeiras tábuas da ponte e foi mostrando como a coloração das madeiras variava conforme eles iam mudando de seção.
- As primeiras tábuas são a parte relacionada com a carreira profissional. Mais adiante existem diversas seções como a de relações sociais, amorosas, morais...
- Morais?
- Sim, os valores do indivíduo.
- E por que é uma ponte e não uma biblioteca?
- Eu já lhe disse! A consciência é toda fragmentada em metáforas. A ponte é a representação da passagem da vida, enquanto o abismo embaixo dela representa o conhecimento.
- Ainda acho que organizar isso seria beeeem mais fácil em uma biblioteca!
Max não respondeu.
- Certo, e o que eu tenho que fazer aqui mesmo?
Max respirou fundo tentando restabelecer a calma e falou:
- Pela maneira de como este homem estava agindo, claramente algo foi modificado dentro de algum de seus livros de moral.
Parou a frase pensativo. Andou até uma das tábuas que representava a seção da moral e puxou a corda que segurava os livros suspensos na torre. Abriu o primeiro e começou a folhar. Logo parou em uma página diferente.Ao invés de letras pretas escritas a mão, havia letras em vermelho-sangue escritas de forma afobada por cima da página. Max puxou uma pena de suas costas e colocou-a no papel. A pena branca logo absorveu toda a tinta vermelha que estava na página.
- O seu trabalho Wolfgang, é se certificar que dentro de todos esses livros essas frases escritas em sangue sejam limpas.
-Ah! Só isso? Vocês não precisam de um anjo para isso e sim de um bibliotecário. Não existe mais nada que eu possa fazer?
-Hummm..... Na verdade.... Existe sim...

7 Comments:

Ozzer Seimsisk said...

que história legal! estou honestamente interessada. gostei muito da metáfora da ponte ^^

Anônimo said...

Eba!!!!!!
Quero mais cla.... =p

Utak said...

hehehehe
gostei :P

Charles Bosworth said...

Oh! Que delicioso ver que alguém escutava quando a gente inventava coisas. Muito boa essa continuação de pensamento, essa criação de história! Sabe, até que o livro dos tomates era interessante... Gostaria de ler.

Vamos brincar de inventar de novo?

Pioux's said...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Pioux's said...

claro claro
huahuahua
eu estava anciosa q vc lesse isso Chan XDDD
Huhuhu
tava pensando no q vc me disse e ai pluft.... eu tive q escrever isso XD

Mestre Mau said...

Eu gostei! Manda o próximo eu quero ler mais!
PS: Acho que eu perdi um pedaço. Quem é esse anjo e como eles chegaram ai e de quem é a conciencia... Uwaaaaaaaa
Num to intendendo mas tá muito legal : P