sexta-feira, dezembro 15, 2006

Eu terminei de ler.
Olhei todos aqueles nomes no msn e continuei olhando sem vontade de clicar em nenhum. Queria conversar com vocês e decidir o nosso futuro.
Pensei em entrar em baixo da cama e desenhar... Um montão.
Eu gosto dessa hora da noite, meus pais estão dormindo e o único barulho que eu escuto é o barulho dos meus próprios dedos no teclado. O clima lá fora é fresco. Queria eu ter uma escada legal para poder subir sempre no telhado. Alguém quer me dar uma escada de natal?
Pensei em você uma ou duas vezes. Pois bem acho que vou para praia. Preciso de novos ares.
O ar do mar sempre me fez muito bem mas... Ultimamente eu não aguento esse calor, fico esperando cada suspiro de briza que refresque. Quero soh um tempo quieto, sem grandes agitações.
Queria ir para a antiga casa de praia e me deitar naquele chão de concreto friu que me traz tantas recordações magníficas. Brigar pela rede depois do almoço e discutir com a vovó para ela deixar que agente assista super-homem já que é muito tarde.
Baralho e.... Mágica! Hoje eu assisti o ilusionista. Queria tanto saber fazer coisas como aquelas! Arrancar suspiros e indagações. Um dia quem sabe viajo o mundo atraz disso.

Estou esperando o frio... Que raios de natal é esse o nosso no meio do verão? Onde está a neve e a lareira quentinha onde se põe os marshmallows? Pq ta todo mundo indo embora?
Fiquem por favor! Ainda não é tempo de partir. Foram tão poucos anos e ja é tudo tão distante...
Porque essa saudade toda?

Amanha eu farei meu esporte menos favorito: Comprar roupas.
Por mim uma camiseta e um shorts bastariam mas afinal algum bobo no mundo tinha que complicar as coisas.
Tudo bem.... Respirar fundo e ir em frente. Quem sabe onde chegaremos? Parados é que não vamos a lugar algum.
Desenha desenha desenha..

Boa noite a todos! Fim do primeiro ato.

3 Comments:

Charles Bosworth said...

Cara Clara, adoro quando você escreve com sentimentos. Na verdade, eu acho que o seu post ecoa um pouco no meu, nós dois estamos juntos nesse sentimento.
No começo do livro Moby Dick, o narrador começa com a famosa frase "Chama-me de Ismael" e diz que não vai falar muito dele. Só diz que quando sua vida se torna muito complicada, cheia de dúvidas e confusa, ele vai para o mar. Quando se sente perdido o tal Ismael se voluntaria em um navio baleeiro e dá a volta no mundo atrás das baleias. Em uma dessas, digamos, viagens de auto-descobrimento, de pacificação do barulho do mundo (e então, contato com um eu interior) Ismael embarca na famosa viagem do capitão Ahab, que sai atrás da Moby Dick. Então, não estamos sozinhos; esse sentimento é universal. São Paulo ás vezes parece uma gaiola, uma cidade detestável, um cinza vazio e terrível. Nada mais natural do que ansiar pelo mar, pela natureza, pelo humano que mora dentro da gente. A Marina me disse que quando está confusa, ela se senta em uma praça e olha as árvores. Eu gosto de olhar as colinas (um tipo de mar, você deve concordar) e todos admiramos o azul profundo do oceano. Ismael é quem estava certo: o que ainda fazemos aqui? Vamos em busca de nos conhecer, pois o tempo é curto!

Ozzer Seimsisk said...

Fim de ano, é assim, esquisito, mesmo. As pessoas vão embora, vão viajar, se encontrar consigo mesmas, e nos deixam aqui, a ver navios. E vamos também nós para outros lugares, para outras realidades. Este fim de ano está sendo ainda mais estranho para mim e para meus colegas vestibulandos, mas... Acho que, quando fevereiro chegar... Ah, quando fevereiro chegar...

yuribt said...

Calma lá...
Deixa acabar pra renovar as coisas.
Nós vai mas nós volta.

Natal frio deve ser meio chato: se o único momento que eu consigo sentir um quê de natal é lá fora, numa noite fresca, com poucas luzes, e um amores calados...